Pensei tratar-se a principio de um erro, ou mesmo de alguma brincadeira coisa de gente desocupada, mas mesmo assim não custava nada reduzir a velocidade, já estava atrasado mesmo, um pouco mais um pouco menos não iria fazer diferença, precisava conferir o fato. Um pouco mais à frente, lá estava outro cartaz: Irmãzinhas de São Francisco Casa de Prostituição - 5km.
Era verdade! Um pouco mais adiante, outro cartazIrmãzinhas de São Francisco Casa de Prostituição - Entre à direita.
Não pensei duas vezes, dei duas beliscadas no freio, reduzi a marcha, armei seta e entrei. Havia um grande pátio todo arborizado e, ao fundo, um prédio estilo gótico todo revestido em pedra calcária. Na frente, uma grande porta de carvalho com uma reluzente placa onde se podia ler:Irmãzinhas de São Francisco.
Com a curiosidade a mil e não mais resistindo, toquei a campainha. Uma freira de pele muito alva e feições delicadas, com um longo hábito negro, recebeu-me gentilmente;
- Em que posso servi-lo, o senhor deseja algo?- Sim Irmã, eu vi o seu cartaz lá na estrada e me interessei.
- Pois não, senhor - respondeu a freira - Siga-me, por favor.Atravessamos vários corredores e a freira me indicou uma porta fechada.- É aqui, senhor. Por favor, bata à porta.
Em seguida, retirou-se.
Conforme me fora recomendado bati à porta e outra freira, essa aparentando um pouco mais de idade, também num longo hábito negro que mal disfarçava, um corpo escultural, estendeu-me uma sacola de lona.
- Por favor, cavalheiro, coloque R$ 300,00 nessa sacolinha.Mesmo achando um tanto salgado o preço, resolvi não questionar, coloquei o dinheiro.
- Siga sempre em frente até aquela grande porta. Está destrancada.
A essa altura o fato de imaginar o que estava por vir já me enlouquecera de tesão, seguindo as instruções, abri a grande porta e entrei rapidamente. A porta fechou-se atrás de mim. E, surpreso, vi-me de novo no grande pátio arborizado, onde bem ao lado da porta havia outra placa com os seguintes dizeres:.
"Siga em paz, irmão pecador. As Irmãzinhas de São Francisco acabam de foder com você."
Agora mesmo com todas as desculpas a Bella não refrescou ... acabou me descontando pelo atraso, pensei a principio leva-la aos tribunais, mas acabei desistindo até porque já tinha sido fodido na estrada ... quer dizer, um pouco mais ou um pouco menos já não doía mais ... tratei então como de costume de circular entre as mesas ... que a essa altura estavam lotadas ... acabei com isso já quase na hora de fechar o bar, pescando uma conversa entre um casal, onde falavam do desapego aos bens materiais ... diziam mais ou menos assim:
"Quando estamos presos ... A grilhões invisíveis? ... Esse está preso ao campo ... Que comprou por milhões ... Outro prendeu-se à fama ... Que lhe consome a vida ... Aquele lembra um louco ... Em algemas de ouro ... Há quem faça do amor ... Um cativeiro em trevas ... Se queres paz em Deus ... Desapega-te e ama."( Francisco Cândido Xavier. Da obra: Caminhos)
Na mesa com: A Faxineira on
quinta-feira, setembro 21, 2006
at 11:33
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Vim atrás do garçom e... encontro outro bar, chiquerésimo. Gostei. Mas de que adianta? O Guto é safado, mesmo num bar classe A como este. Quem mandou correr atrás de sacanagem, Guto? As freiras te fode...ops... ferraram numa boa! Bem feito, cumpadi!!!
Beijos
Mesa de: Anônimo | 23/9/06 12:47 AM